terça-feira, 29 de setembro de 2009

Pois é, poesia 5

PÉ NA ESTRADA (Um rock and roll no estilo Rita Lee)

Vem,
vamos sair,
sacar tudo dos bolsos,
não pagar a dívida.
Escapulir.

Vamos nessa e,
só voltar anos depois.
De cabeça boa à beça
e como tudo deve ser.
Sem partidos repartidos no poder.

Vamos pois,
nós dois.
Se apresse que o filme
tá péssimo.

Tchau!
Tô saindo de cena,
prá outro lugar.
Até que a tempestade cesse
e onde a vida recomece,
azul e simples prá nós dois...
azul e simples prá nós dois...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Ecos do Sistema (poesia, pois é)

ECOS DO SISTEMA

Não quero ser herói
do ano 2000,
nem virar
cartão postal do Brasil.

O passado e o futuro
estão dentro do presente,
nos velhos sistemas,
que dá tudo ao bacana,
deixando o povo pobre e c/problemas.

Assim querem nos matar,
assinar o passaporte.
Mas eu não vou marcar bobeira,
esperar a morte deitado numa esteira.

É minha sina
é do meu signo,
me guardar pro inimigo mais digno.
Vou lutar por mudanças
uma vida mais correta,
que não seja mágica
e, sim um sonho de poeta.

sábado, 12 de setembro de 2009

Castrando com os dentes

No livro "Vida de Escritor", o norte-americano Gay Talese lconta que uma de suas maiores reportagens foi envolvendo o casal John e Lorena Bobbitt. Em Junho de 1993, em Manassas, próximo da capital Whashington, depois de beber muito John, teria supostamente estrupado a mulher, que se vingou saltando da cama, pegando uma faca de cozinha e, enquanto ele dormia, decepou a maior parte do pênis. Ele foi parar no Hospital e ela, na fuga, jogou a parte do pau do marido fora, na beira da estrada. Duas horas depois, um guarda rodoviário achou o membro decepado e levou aos médicos que conseguiram reimplatar no desafortunado marido. O resultado foi parco. Há poucos casos reais c/referência ao castramento. Um deles foi na década de 70, na Tailândia, qdo cerca de cem mulheres se vingaram de seus maridos mulherengos, decepando-lhes pênis à noite. A literatura tem alguns contos de castração e no cinema, Império dos Sentidos, filme japonês de 1976, foi "inspirado"num fato verídico ocorrido em Tóquio. Uma jovem estrangulou o amante e, depois emasculou-o.
Lembro que nos anos 80, bem antes do caso John e Lorena Bobbitt, eu viajava como produtor do cantor/compositor Nei Lisboa pelo interior do estado gaúcho. Era na época do hit Mônica Tricomônica. O ator Antonio Carlos Falcão acompanhava o Nei e fazia performances de Maria Bethania e Nina Hagen. Num sábado de inverno teve show em Bagé, c/sucesso total de público. Fomos comemorar numa Boite e, já amanhecendo saí c/um gata bem sexy. Paramos o carro num lugar alto, isolado que dava prá ver o sol nascendo sobre a cidade. Fechamos os vidros e, depois de beijos e abraços, tirei as calças c/o pau já duro e quente. Ela não se espantou e c/um raio de sol sobre seus cabelos ruivos, começou um boquete no banco dianteiro do carro.
- Que coisa mais boa! disse ela languidamente. - Assim tão grande, ameaçador. Ele mete medo! Ele é lindo! Falou aquelas coisas que todas dizem nessa hora.
A excitação era grande e, de repente ela fincou os dentes no caralho e mordeu com força. Gritei de dor! Ela soltou o meu pau e meio constrangida pediu desculpas. Bochei rapidinho e mal consegui vestir a cueca/calça e fomos embora. Fiquei com o meu pênis dolorido e inchado por uns 10 dias. Foi um alto preço que paguei.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Controle de Qualidade

Em 7 de Setembro de 1924, pela primeira vez, se fez ouvir uma emissora de rádio no RS. O uruguaio Juan Ganzo e o filho dele, Edison, lideraram um grupo de investidores que formou a Rádio Sociedade Rio-Grandense, em Porto Alegre. Nessa emissão pioneira ouviram-se peças eruditas, poemas, discursos, resultados do futebol e de corridas de cavalos. De lá prá cá muito coisa mudou e, nessa data que se comemoram os 85 anos do rádio gaúcho, lembrei de um poema, escrito nos anos 90, sobre o que se ouve nas rádios de hoje.

CONTROLE DE QUALIDADE

Vou embalarte,
com suingue, ritmo e arte.
Meu canto é pop,
vai dar Ibope.

Um som maneiro,
prá afinar ouvidos.
De fazer inveja
e deixar de bode ouvintes assíduos.

Toma cuidado!
Meu caro e leal amigo.
Nem tudo que toca no seu dial
é verdadeiro e assumido.

Pelas ondas do rádio,
o perigo ronda a cidade.
Tenha sempre em mãos o controle,
O controle de qualidade!
O controle de qualidade!