sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Pois é, poesia 7

Vazio de verão -da época que ralava na Tv Globo/Rio

Os dias de verão são todos iguais.
Os passarinhos cantam cedo e felizes.
As cigarras se lamentam estarrecidas c/o calor.

De, manhã, vou ao Arpoador,
rolar ao sol,
deitar na areia,
nadar na água fria e,
paquerar a menina sereia.

Qdo bate o meio-dia,
pernas p/quem te quero.
Panela cheia, barriga vazia.
Alô seu moço! Traga-me o almoço!
Um peixe fresco, arroz integral e salada,
tudo natural etc e tal...

Na Tv, a Vênus Platinada,
procuro decifrar estórias,
traduzir verbo/adjetivo e substantivo
das cabeças que fazem a nossa história.
Ouço acusações, reclames e insinuações.

No meio da tarde,
rola um baseado e dois chopes,
no bar da rua ao lado.
Encomendo um sanduiche de salame e
um copo de caju gelado.

De volta à redação,
encarno o estresse do fechamento da edição.
Às suas ordens meu caro editor:
- um texto enxuto p/o locutor;
- compreeensível p/o telespectador.
Oito horas, hora do boa noite,
na voz grave do locutor oficial:
Tá no ar o Jornal Nacional!!!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Pois é, poesia 6

China Blue

De dia,
dita a moda,
satisfaz caprichos
uma vida de luta.

À noite,
é uma puta,
exposta na rua,
p/ser admirada e desejada.
É China Blue!

De dia,
um jeito sério;
que se esconde um mistério.
À noite,
é chamada de vadia e,
de anjo azul e loiro.
É China Blue!

De dia,
veste pessoas,
faz carreira e sucesso.
À noite,
tira a roupa e fica nua,
vende seu sexo.
É China Blue!

De dia e de noite,
uma mulher de verdade,
de corpo ardente
e alma errante.
Na busca incansável do amor,
p/saciar a sede e
exorcizar a dor.
É China Blue!